Por Luvanor Pereira da Silva
Diocese de Uruaçu - GO
2° ano - Teologia - Seminário Maior Arquidiocesano de Brasília
Está se perguntando o que significam estas duas palavras? Eu te digo, pois, que quando alguém está interessado em aprender música e começa a fazer aulas, seja qual for o instrumento musical, estas duas palavras logo logo se tornam familiares.
Sustenidos e bemóis: são acidentes que elevam ou abaixam o tom da música e faz com que ela não se torne monótona. Poderíamos entoar uma música sem passar pelos “sustenidos e os bemóis”, porém, a música não teria os altos e baixos que dão a beleza da mesma e a música ficaria seca e sem graça.
Tal e qual é a nossa vida espiritual. Temos a possibilidade de entoar na pauta da nossa vida os acordes do campo harmônico, porém, muitas vezes preferimos continuar a tocar a mesma nota sem abrir-nos aos acordes e arranjos que já existem, mas que não temos a preocupação de conhecê-los. E a vida se torna monótona, rotineira e não muda de melodia.
Preferimos viver o cansaço da vida rotineira dos acordes naturais sem ao menos tentar a ousadia de mudar de tom, ou ver um novo arranjo à vida espiritual. O comodismo leva a não conseguir um acorde diminuto que com um toque de leveza dá um brilho à pauta da nossa vida.
Em nossa vida os acordes naturais são mais fáceis, representa o nosso desejo de vida fácil, acomodada. É necessário entrar na dança melódica dos sustenidos e bemóis em nossa vida de oração, que faz com que cada dia tenha um brilho novo e a harmonia da vida se torne de agradável escuta a nós mesmos e aos nossos irmãos.
Em nossa vida espiritual os sustenidos e os bemóis representam respectivamente as alegrias e os sofrimentos que se nos apresentam, os sustenidos parecem fáceis de viver, pois está sempre procurando subir na escala enquanto o bemol somente desce como para um abismo que leva ao infinito. E, quando aparece um bemol na nossa vida desistimos facilmente como um aluno desiste das aulas de música diante das dificuldades e o sonho aparece como fracassado. A figura do tentador que nos acusa e ri na nossa cara por não conseguirmos prosseguir na caminhada.
Somente com muita força de vontade, e, claro, com o auxílio das graças de Deus vencemos as “desafinadas da vida” - representadas pelo pecado que faz com que a harmonia da vida tome uma conotação depressiva e lúgubre - chegamos à alegria de estarmos envolvidos por uma música saudável, a presença de Deus.
Ao chegarmos no grande Maestro da nossa vida, que é Deus, o qual criou-nos, dotou de talentos e continua a nos reger, percebemos que tais talentos permanecem muitas vezes abafados fazendo com que o som da voz de Deus não se espalhe a outros que muito precisam ouvi-Lo.
Diante disso, enfim, tenhamos a coragem de deixar-nos envolver pela música de Deus fazendo com que o mundo, ao menos ao nosso redor se torne mais harmônico até um dia estarmos todos na orquestra celeste entoando o mais belo canto que pode existir.
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