Escrito por Escrito por Luis Gonzaga
“Na verdade, tudo é Dele, por Ele e para Ele são todas as coisas. A Ele, a glória para sempre. Amém!” (Rm 11,36). "Nenhum anjo apareceu para mim, não houve anuncio extraordinário, não vi nenhuma sarça arder e não tive nenhum sonho profético quando ..."
(...) recebi meu chamado vocacional. O despertar vocacional começou um tempo depois da minha primeira experiência pessoal com Jesus Cristo. Após esse encontro pessoal com Jesus, senti um forte desejo e necessidade de ter vida de oração e um contato mais íntimo e diário com a Palavra de Deus. Percebi o quanto Deus ia me atraindo a esse caminho de intimidade, que se desenvolvia a medida que eu ia crescendo em atuação na minha Paróquia. Eu atuava na catequese, em uma equipe de liturgia, num grupo jovem e participava de alguns grupos de oração, porque da intimidade que eu vivia no meu quarto na oração, eu queria partilhar e vivenciar na Igreja, juntamente com o povo de Deus. O desejo de dedicar-me ainda mais a Igreja ia crescendo cada dia mais e comecei a questionar o que seria esse desejo que me consumia. Procurei meu pároco que logo propôs a me acompanhar como diretor espiritual, o que foi fundamental para iniciar meu discernimento. Fui percebendo que aquele desejo poderia ser um chamado vindo de Deus a uma consagração total da minha vida através da vocação sacerdotal. Primeira coisa que meu pároco propôs foi que eu conhecesse os diversos carismas existentes na Igreja na vida religiosa e as novas comunidades. Correspondi-me por um tempo com os franciscanos capuchinhos e conheci outros carismas, mas não sentia inclinação a nenhum deles. À medida que eu avançava no discernimento vocacional, tentava avançar na intimidade com o Senhor na oração. Nessa época eu trabalhava e estava prestando vestibular. Quando começou o ano de 2004, meu pároco me indicou o Seminário Maior de Brasília, pra que já comparecendo aos encontros vocacionais, o discernimento prosseguisse. Nos encontros fui me identificando, sobretudo com o carisma do padre diocesano de viver profundamente como Jesus Bom Pastor. Fui aceito para entrar no seminário e no ano de 2005, ingressei na turma do primeiro ano de filosofia. Hoje estou no terceiro ano de teologia, cinco anos depois, afirmo com convicção de que quando Deus chama para esse seguimento especial, Ele vai conquistando o coração aos poucos, é uma sutilidade irresistível. Deus nunca abandona seus eleitos! Sua fidelidade é garantida. Quando o Senhor seduz nosso coração, conhecer, buscar e fazer a vontade de Deus se torna fundamento vocacional, desde as pequenas coisas até as mais essenciais. E ainda que o caminho já comece a ser mais ou menos definido, o Senhor sempre surpreende, mostrando que a vocação é uma beleza antiga e sempre tão nova! E como viver assim nos faz felizes! Viver na dependência de Deus, sabendo que nossa oferta integral é deixar tudo nas mãos do Senhor. De fato, não vi nenhuma sarça, nenhum anjo e nem tive nenhum sonho profético, mas conheci um Deus tão pessoal, que chama no cotidiano, na revelação simples do dia-a-dia, na história de vida e no silêncio da oração e que se por isso mesmo se torna tão irresistível responder a essa voz: Segue-me...
Lucas da Silva Gonçalves
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